terça-feira, 30 de junho de 2009

Ford Fusion 2010: O que era bom, ficou melhor.

Reportagem: Interpress Motor

Começa a chegar às revendas a partir do próximo mês a nova geração do Ford Fusion, sedã luxuoso de grande porte lançado em 2006. Além das mudanças estéticas, que deixaram o carro com um aspecto mais moderno, a grande novidade é a chegada ao país do motor 3.0 V6 (seis cilindros em "V"), deixando o carro com uma performance surpreendente. A versão 2.5 custa R$ 84.900 e a V6 parte de R$ 99.900.

Ford Fusion 2010 - foto Divulgação
Grade dianteira ficou maior e foi unificada aos novos faróis

A estreia do modelo acontece de forma quase simultânea com as outras Américas. Nos EUA, onde foi lançado no último mês, já foram comercializadas 18 mil unidades, o que ajudou a Ford a fechar o mês de abril com índices de vendas acima da Toyota.

Segundo Antonio Baltar, gerente-geral de marketing da fabricante, não houve apenas um "facelift" ou uma complementação de motor e transmissão, mas vários detalhes foram mudados para tornar o carro ainda melhor. E foi exatamente isso que sentimos ao levar o carro para as estradas baianas durante o test-drive realizado em um trecho de aproximadamente 80 quilômetros.

Ford Fusion 2010 - foto Divulgação
Tampa do porta-malas também recebeu novo desenho

À primeira vista, o maior impacto visual da nova geração é a frente, que já era marcante no modelo anterior. A grade dianteira composta por três barras longitudinais (carinhosamente conhecida como Mach 3, em alusão ao homônimo aparelho de barbear com três lâminas) está ainda mais proeminente, e agora forma um conjunto unificado com os faróis. Estes, por sinal, também foram reestilizados, ganhando formato mais alongado e anguloso.

As lanternas traseiras perderam o contorno prateado, mas continuam com as setas indicadoras na cor vermelha, o que atrapalha a visibilidade em dias claros. Também a tampa do porta-malas foi redesenhada e ficou mais arredondada.

Ford Fusion 2010 - foto Divulgação
Setas indicativas na cor vermelha atrapalham a visibilidade

A primeira parte do teste foi realizada com o modelo equipado com o novo motor 2.5 (antes o veículo era dotado de propulsor 2.3), que gera 173 cv (cavalos) a 6.000 rpm e troque (força) máximo de 22,9 kgfm a 4.000 rpm. De acordo com a fábrica, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e roda cerca de 9,2 km/l em trecho urbano e 14,4 km/l no percurso rodoviário.

O comportamento do Fusion melhorou bastante em relação à já bem resolvida versão anterior, não muito pelo aumento de 11 cv na potência, mas sim pela nova transmissão automática de seis marchas, que deixou o carro mais espertinho e diminuiu consideravelmente os trancos durante a aceleração.

Ford Fusion - foto Divulgação
Único opcional é o teto solar elétrico, que custa R$ 4.000 a mais

Além disso, ponto positivo no ajuste da suspensão. Na dianteira, independente com duplo triângulo, foi utilizado o mesmo sistema que o usado na Fórmula 1 (apenas o Honda Accord oferece esse tipo de suspensão no país).

A direção elétrica, anunciada como um dos grandes trunfos entre as novidades do modelo, deixou um pouco a desejar. Apesar da vantagem na diminuição do diâmetro de giro em 1,4 metro, o que facilita as manobras de estacionamento, deixa o veículo um pouco instável em altas velocidades.

Ford Fusion 2010 - foto Divulgação
Acabamento interno é esmerado e comandos têm fácil visualização

Já o 3.0 V6, com potência de 243 cv a 6.550 rpm e torque de 30,8 kgfm a 4.300 rpm, faz bonito na pista. O motor se casa em perfeita harmonia com câmbio automático de seis velocidades com opções de trocas sequenciais e com a nova suspensão, deixando o carro com condução esportiva e ágil, apesar do porte grandalhão.

Também novidade para a versão V6 é a tração integral nas quatro rodas, o que ajuda na performance final. Dados da fábrica atestam ainda que o modelo leva 8,5 segundos para ir da imobilidade aos 100 km/h e faz cerca de 7,3 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada.

Ford Fusion 2010 - foto Divulgação
Mais moderno e robusto, Fusion teve sua performance melhorada

"O comportamento do novo Fusion não é como aquele tipicamente norte-americano, pesadão e desengonçado, conhecido como 'banheira'. A primeira versão já fugia desse conceito, mas conseguimos melhorar ainda mais o modelo em termos de desempenho e dirigibilidade", afirma Klaus Mello, gerente de engenharia veicular para a Ford América do Sul.

O que não falta no novo Fusion é sofisticação. O modelo traz em sua extensa lista de série equipamentos como ar-condicionado digital com ajustes individuais de temperatura para passageiro e motorista, sistema de som premium da Sony com 12 alto-falantes, ajuste elétrico dos bancos dianteiros, sensor de estacionamento e de pressão dos pneus, acendimento automático dos faróis, sistema de alerta pós acidentes, freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica da força da frenagem), seis airbags, rodas de 17 polegadas, espelhos retrovisores elétricos, aquecidos e com luz de aproximação, controle eletrônico integrado de estabilidade e tração e revestimento interno de couro.

Ford Fusion 2010 - foto Divulgação
Sistema de entretenimento tem tela "touchscreen" de 8 polegadas

O V6 vem ainda mais completo com, além de todos esses itens, tração integral AWD, escapamento duplo e o sistema de entretenimento Sync, desenvolvido em parceria com a Microsoft, que inclui DVD, toca-CD e MP3 com conexão para iPod, USB e celular Bluetooth e capacidade de armazenamento de até 10 gigabytes de músicas e imagens. O Sync permite comandar as funções do ar-condicionado, áudio e telefone por voz ou com toques na tela de 8 polegadas. Nas duas versões, o único opcional é o teto solar elétrico, que custa R$ 4.000.

Desde junho de 2006, o Fusion segue na liderança dos sedãs médio-grandes, em faixa de preço entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, com cerca de 30 mil unidades vendidas no total. No ano passado, sua participação foi de 24,3%.

Ford Fusion 2010 - foto Divulgação

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