terça-feira, 19 de janeiro de 2010

De São Paulo a Ouro Preto: no Peugeot 307

Uma grata surpresa. Assim poderíamos definir nossa viagem de São Paulo a Belo Horizonte, com destino final nas cidades históricas de Sabará, Ouro Preto, Mariana e Congonhas; tudo à bordo de um Peugeot 307 Sedan, ano 2009/2010. Foram mais de 1500 km rodados, com todas as proporções possíveis de mistura de combustível, sempre muito bem deglutidas pelo respeitável motor 1.6 de 113 cv, que equipa muitos carros produzidos pelo grupo PSA, incluindo até mesmo nossa recém adquirida viatura de reportagem, uma Peugeot 206 SW Feline.

Diário de bordo: O veículo

O 307 dirigido por nossa equipe é um modelo Presence Pack, com ar condicionado - e porta luvas refrigerado, direção eletrohidráulica - com regulagem de altura, teto solar elétrico, rodas de liga leve aro 16, bancos traseiros bipartidos e som original com comandos na coluna de direção. Câmbio mecânico de cinco marchas e como dito, o confiável motor 1.6 16 válvulas, flex, que oferece 113 cavalos, quando abastecido com etanol a 100%.

O desempenho é muito bom para um sedan com motor de quatro cilindros e cilindrada abaixo de 2 litros. Este modelo, com motor 2.0 também está disponível, porém o 1.6 cumpre perfeitamente seu papel, entusiasmando o motorista além do que devia, pois passar dos 120 km por hora é fácil e sua estabilidade convida a andar. As retomadas em 4ª e 5ª marchas ficam um pouco a desejar, pois trata-se de um 16 válvulas, e portanto deve-se "encher" mais o motor, antes de exigir desempenho. Com a tocada certa, ele impressiona.

O consumo com E90 (etanol 90%/gasolina 10%) foi bom, mantendo-se na faixa de 9,5 km/l, com motorista mais três passageiros e bagagem e ar condicionado ligado o tempo todo.

A posição de dirigir é muito boa, e os assentos confortáveis. Todos os comandos ficam à mão, e o painel é bem resolvido. A nova interface do computador de bordo ficou mais fácil de ler e compreender, além de trazer as informações e textos transmitidos pelas rádios. Não é preciso esperar ouvindo, para saber qual rádio foi sintonizada, basta ler no painel.

Diário de Bordo: A estrada

Saímos de São Paulo com destino a Belo Horizonte, às 16 horas de uma quinta feira. Tanque cheio de etanol a 100%, seguimos da redação (zona leste de SP) até a Rodovia Presidente Dutra, onde entramos no acesso à Rodovia Fernão Dias, a BR 381.

Depois da privatização, a Rod. Fernão Dias está excelente. Assistência da concessionária em toda extensão e bases móveis em vários dos inúmeros postos de combustível, passam muita segurança ao usuário. A estrutura está muito bem distribuída, favorecendo o monitoramento de toda a estrada e a rápida resposta em caso de necessidade.

Com muita chuva impedindo velocidades mais altas, seguimos pelos 570 quilômetros seguintes e chegamos na capital mineira já de madrugada. Nos dias seguintes, nos dedicamos a por à prova, as pequenas estradas do estado, e a famigerada BR 040, que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.

Diário de Bordo: Ladeiras Históricas e Estrada Real

O estado de Minas Gerais foi, na época do império, uma das maiores fontes de riquezas que a Coroa Portuguesa poderia explorar. Imaginar que Estrada Real é uma só, é o primeiro erro do viajante. O segundo é pensar que é só uma estrada, quando é bem mais que isso. Inicialmente, o caminho ligava a antiga Villa Rica, hoje Ouro Preto, ao porto de Paraty, mas pela necessidade de uma via de escoamento mais segura e mais rápida ao porto do Rio de Janeiro e, também por imposição da Coroa foi aberto um "caminho novo". A rota de Paraty passou a ser o "caminho velho", a partir do século XVIII. Com a descoberta das pedras preciosas na região do Serro, a estrada se estendeu até o Arraial do Tejuco (atual Diamantina), deixando Ouro Preto como o centro de convergência da Estrada Real.

Assim se formou o complexo da Estrada Real, ou seja, mais de 1600 km de patrimônio histórico, cercado de uma paisagem absolutamente fascinante e é claro montanhosa.

Todas as cidades históricas mantém em comum o calçamento em paralelepípedos, e muitas subidas. Nenhum problema para nosso 307, nem na estrada, nem nas cidades.

Ouro Preto, Congonhas, Mariana e Sabará, com chuva e com sol, com ladeiras de elevação de 35º de ângulo e muita história para contar. Igrejas, casas e museus, guardam consigo um excelente testemunho do período pré e pós inconfidentes. Vale a viagem, não só pelas paisagens mineiras exuberantes, mas pela verdadeira aula de História Brasileira, que tivemos, a bordo de um carro francês.


PEUGEOT 307 SEDAN PRESENCE PACK
Ficha Técnica:

Características técnicas

Freios
ABS / EVA / REF
Traseiros: Discos
Dianteiros:Discos ventilados
Motor
Número de cilindros:4
Número de válvulas: 16
Cilindrada: 1.6L
Potência máxima cv (DIN) / rpm: Álcool 113 / 5600 - Gasolina: 110 / 5600
Torque máximo mkgf (DIN) / rpm: Álcool 15,5 / 4000 - Gasolina: 14,2 / 4,000
Alimentação: Injeção eletrônica Multiponto sequencial
Transmissão: Tração Dianteira
Caixa de mudanças: Manual (5 frente e 1 ré)
Direção: Direção Com assistência eletro-hidráulica variável
Suspensões
Dianteira: Rodas independentes, pseudo McPherson invertido, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados.
Traseira: Rodas independentes, com barra de dois braços deformável, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados .

Pneus: 205 / 55 R16
Número de lugares: 5 Lugares
Velocidade máxima km/h:186
Aceleração de 0 a 100 km/h (seg) :12,6
Capacidade do tanque (litros): 60
Combustível: Gasolina e/ou Álcool
Volume do porta-malas (litros)
Com banco traseiro em posição normal ( litros Agua) / VDA: 623 / 515 dm3
Dimensões
Entre-eixos (mm): 2612
Comprimento (mm): 4480
Largura (mm): 1762
Altura (mm)*: 1528





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